Através das Lentes: #1 Revelação Zeiss Ikon Colora 125

     Minha primeira experiência com filme não foi muito satisfatória com a Zeiss Ikon Colora 125. Quando encontrei a câmera no sótão da minha vó e decidi levá-la para mim (sim, pode-se dizer de grosso modo que roubei, mas avisei o meu pai pelo menos... isso faz meu crime ser menos pior?), fiquei maluca com a ideia de foco manual em uma câmera analógica.
     Porém não é para tanto, antes de descobrir vários modelos antigos melhores, eu apenas visitava o site da Lomography desejando um dos queridinhos de plástico sem  muita escolha para controlar as configurações por 300 reais, sendo que uma câmera de época custa o mesmo preço senão menos que isso, desconsiderando as srl. Não estou querendo desmerecer nem nada, tanto que ainda quero uma toy camera, mas deixarei para quando tiver tiver dinheiro no bolso dando sopa.
     É bom enfatizar também que o foco manual da câmera não pode ser visto ao vivo pelo visor como é possível nas câmeras digitais atuais e em dslr com reflex, por isso é muito importante ficar de olho na numeração disponível no corpo da lente. Coisas que descubro na internet depois de achar que o foco estava estragado, essas comodidades da tecnologia não me fazem bem.

Zeiss Ikon Colora 125

     Parando de me dispersar do assunto, fui toda animada comprar o meu primeiro rolo de filme e  acabei comprando dois porque ganhava 20% de desconto (yeey!): um da kodak com 36 poses e outro da fujifilm com 24 poses, ambos ISO 200 e onde cada um saiu por 9 reais e bolinhas. Logo que saí da loja, coloquei o filme na câmera e saí fotografando coisas aleatórias na rua para testar, já estava tão louca e ansiosa  que queria acabar logo com o filme e revelar no dia seguinte, mas não foi bem o que aconteceu.
     Depois de pesquisar um pouco sobre os locais para revelar meu filme, o que não são muitos por aqui pois a busca é pequena, acabei escolhendo o Foto Winner aqui de Curitiba: você pagava apenas as fotos que saíam (fique de olho nisso), cada foto saía por R$0,85 e o CD com as fotos digitalizadas vinha por mais R$2,50, além disso eles só levam os filmes para serem revelados a cada dia 16 do mês, então é bom terminar o rolo em uma data próxima para entregar logo em seguida e receber a revelação sem mais delongas :).
     O negócio é que não saíram muitas fotos. Imagine a minha frustração em saber que algumas das fotos que eu compus foram para o lixo? Não sei se foi culpa da câmera (ninguém manda roubar as coisas da avó, é assim que eu fui vingada com a maldição milenar das câmeras de sótão), minha ou do ISO baixo... Se saíram apenas fotos com boa iluminação e em ambiente aberto, então acho que foi culpa do ISO mesmo. Ainda tenho que usar o meu segundo rolo e dessa vez quero ler o manual da câmera antes de fazer mais besteiras.
     Apesar de ser um prazer para quem tem um pouco de grana sobrando (o que não era o meu caso, mas enchi tanto o saco da minha mãe que convenci ela a pagar dessa vez... como uma futura química irei montar o meu próprio quarto escuro algum dia, mwahahaha), vale a pena quando você vê o resultado nas mãos!
   Chega de blábláblá, estou começando a digitar demais já. Segue abaixo o resultado da minha primeira experiência:

Acabei descobrindo que é necessário haver uma distância de pelo menos 1m do objeto ou pessoa que você pretende fotografar, caso contrário fica desse jeito desfocado.

Confesso que me aguentei e não postei todas as fotos que consegui, pois ou ficaram muito borradas ou eu aparecia fazendo careta para fotografar (não me orgulho disso).